Nelson Querino

A força e a voz de um povo

domingo, 10 de março de 2013

NAVIO MARAGOJIPE ESTÁ TOTALMENTE DESTRUÍDO NA BASE NAVAL DE ARATU




Para a maioria dos moradores quando este comentário vem atona nas rodas de amigos na cidade a revolta e tristeza são visíveis nos semblantes dos que navegaram e de quem tomou conhecimento por moradores da cidade.


O Maragogipe, de fabricação alemã, navegou por 35 anos, entre 1962 e 1967, nas águas da Baía de Todos os Santos. Antes das rodovias, a embarcação era vital para quem precisava locomover-se entre Salvador e as comunidades do Recôncavo, partindo de Maragogipe para Salvador, pela manhã, e retornando à tarde.

Com capacidade para 600 passageiros, o navio chegava a comportar o dobro disso na festa de São Bartolomeu, uma das mais tradicionais do Recôncavo. Alimentos e outras mercadorias também eram transportados pelo Maragogipe, que cumpriu, assim, um papel importante para a economia regional. O navio possui 46,15 m de comprimento, dos quais 42,50 m de linha de água, calado de 2,35 m e deslocamento leve de 364,7 toneladas.

O navio havia sido doado à Prefeitura de Maragogipe em setembro de 2001. A prefeitura anunciou a intenção de implantar um museu náutico, mas não levou o projeto adiante. O Termo de Reversão de Bens Móveis foi assinado, em dezembro passado, com o novo prefeito do município, Carlos Hermano Albuquerque Baumert, anulando a doação.

A situação do navio, que estava com problemas de má conservação, foi comunicada à Superintendência de Serviços Administrativos - SSA, da Secretaria da Administração (Saeb), através da Capitania dos Portos, sendo tomadas todas as providências necessárias para a retomada pelo Governo do Estado.

O ofício da Saeb ao novo prefeito, Carlos Hermano Albuquerque Baumert, solicitando providências e posicionamento quanto ao Maragogipe, foi expedido após decisão tomada a partir de uma reunião envolvendo a Saeb, o CRA e a Capitania dos Portos.

O navio Maragogipe foi arrematado por R$ 204 mil, em leilão promovido pela Secretaria da Administração do Estado, na Marina e Estaleiro Aratu. O ágio foi de 204,5% sobre o preço mínimo de R$ 67 mil. Outra boa notícia é que o navio não sairá da Bahia, e será reformado para atividades turísticas. O arrematante, Jeová Ferreira, que disse representar um grupo de empresários baianos, explicou que o navio "poderá ser utilizado para transporte, para atividades de lazer ou como restaurante".

Ferreira disse que o navio precisará de uma ampla reforma, mas que a sua recuperação é viável. Outro atrativo para a aquisição do Maragogipe, segundo ele, é o valor simbólico do navio, que navegou por décadas na Baía de Todos os Santos, transportando passageiros e mercadorias entre Salvador e a cidade de Maragogipe.

O leiloeiro Miguel Paulo da Silva disse que o resultado superou as suas expectativas. "Foi uma ótima venda", afirmou. Ele ressaltou, ainda, que nos momentos finais o leilão foi bastante disputado, lance a lance, entre um grupo empresarial de Santa Catarina e o grupo baiano que acabou conseguindo o arremate.

"Ao lado do bom resultado do leilão, com ágio significativo, foi importante também o fato de o navio ter ficado na Bahia", afirmou o superintendente de Serviços Administrativos da Secretaria da Administração, Phedro Pimentel. Ele destacou que a Secretaria recebeu o apoio da Agerba, na avaliação do preço mínimo para o leilão, do CRA, no acompanhamento para evitar problemas ambientais, e da Petrobrás, na limpeza dos tanques.

Esses serviços foram necessários depois que o navio foi retomado pelo governo, em dezembro, junto à prefeitura de Maragogipe, que pretendia implantar um museu náutico, mas não levou o projeto adiante. A doação ao município havia sido feita em setembro de 2001. O Termo de Reversão de Bens Móveis foi assinado, em 5 de dezembro, com o novo prefeito do município, Carlos Hermano Albuquerque Baumert, anulando a doação.

Fonte: Visão Cidade
http://historia.zevaldoemaragogipe.com/2012/05/navio-maragojipe-esta-totalmente.html

Um comentário:

Anônimo disse...

Se eu ficasse milionário eu compraria esse navio e desmanchava no ferro velho!
que era para vê se o maragogipano deixava de viver de passado, e acordava para a vida real.
Vão reclamar um catamaran moderno, o futuro promete